Nessa segunda-feira, 16, durante a sessão da Câmara de Vereadores, o vereador Osvaldo Cruzeta fez uma denúncia grave envolvendo uma professora acusada de maus tratos a crianças de uma creche municipal em Orleans. Segundo o vereador, a professora teria sido afastada pelo Ministério Público e posteriormente reintegrada, agora lecionando em outra escola na comunidade de Nova Orleans.

Diante dessa questão, o Jornal da Guarujá conversou na manhã desta terça-feira, 17, com o prefeito de Orleans, Jorge Koch para esclarecer os fatos.

Por telefone, o prefeito explicou que as informações prestadas pelo vereador não condizem com a verdade. “Se essa é a informação prestada pelo vereador, ela não condiz com a verdade. É por isso que muitas vezes quando você vai na Tribuna da Câmara, quando você pega o microfone e vai fazer uma denúncia, por favor, investigue, cheque o outro lado, aí você terá os dois lados”.

Ele detalhou todo o processo administrativo instaurado pela Prefeitura desde que as primeiras denúncias surgiram em setembro de 2023.

“No dia 5 de setembro de 2023, eu recebi a informação e no mesmo dia eu determinei a abertura de um processo administrativo e afastei  a professora por 90 dias até que a investigação fosse concluída.

Koch explicou que uma comissão foi nomeada para conduzir o processo e, após análise dos fatos, foi solicitada uma prorrogação do afastamento por mais 90 dias.

“Tomamos todas as medidas necessárias, garantindo o direito de defesa da professora e seguindo rigorosamente os procedimentos legais”, ressaltou o prefeito.

Ele destacou que a decisão final foi baseada nas conclusões da comissão e que, paralelamente, o caso também está sendo acompanhado pelo Ministério Público.

“Removemos ela da escola para a outra escola em Nova Orleans, para que ela começasse a dar aula normalmente  com a supervisão da direção. Então, nada ficou sem esclarecer, nada ficou embaixo do tapete, tudo claro, tudo as claras e o procedimento está nos autos da Prefeitura Municipal, num documento que está aberto pra todo mundo.”, afirmou o prefeito.

Ao ser questionado sobre as preocupações dos pais dos alunos, o prefeito destacou que a segurança e o bem-estar das crianças são prioridades da administração municipal.

“Houve depoimentos de que houveram  maus tratos e aplicamos a penalidade. Se ela cometeu uma infração disciplinar, ela foi condenada. Nesse momento a gente não optou pela demissão, pois demitir o servidor também é um caso que requer muito equilíbrio, já que o Ministério Público está fazendo a  investigação no lado criminal”.

Jorge Koch ainda acrescentou, “Afirmo categoricamente, todas as providências foram tomadas, em nenhum momento deixamos de tomar as providências. Ela ficou cento e oitenta dias afastada e recebeu a punição. Se houve algum erro, as medidas foram tomadas e continuaremos acompanhando de perto para garantir que a situação não se repita”.

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Na manhã desta terça-feira, 16, o Jornal da Guarujá conversou com Jair Nandi, o novo prefeito interino de Urussanga, após a prisão do prefeito Gustavo Cancellier, durante a segunda fase da Operação Terra Nostra deflagrada pela Polícia Civil, nessa segunda-feira. Diante da turbulência que afeta o município, Nandi assumiu a difícil missão de conduzir a cidade em um momento de extrema instabilidade.

“É um momento difícil, a gente sabe disso, sabedor também do tamanho dos desafios que nós iremos encontrar pela frente, mas eu costumo dizer que quando nós colocamos o nosso nome à disposição para que o eleitor urussanguense, aqui em especial, nos avalie e nos dá essa condição de estar como homem público e representar o município, seja qual for o momento, na hora boa e nos momentos difíceis como esse, eu acredito que a gente tem o desafio, tem a consciência de que esse desafio precisa ser superado,” disse Nandi.

Quanto à sua reação inicial à notícia da prisão, Nandi explicou que foi surpreendido, assim como toda a comunidade, e que a declaração dada ontem sobre a cidade estar “sem rumo” refletia o sentimento de incerteza que pairava enquanto aguardavam mais informações sobre o desenrolar dos acontecimentos.

“A cidade, ela, eu digo sempre,  que o gestor, ele é o norteador. É ele que define os rumos e qual o protagonismo que a cidade deseja para os seus administrados. E o momento de ontem era muito delicado, pelo fato de sermos surpreendidos com esta operação e ainda não saber qual caminho que nós iríamos percorrer”, explicou o prefeito interino.

Além disso, Jair Nandi ressaltou que essa não é a primeira vez que assume a prefeitura em meio a circunstâncias similares. Ele lembrou que já enfrentou uma situação semelhante em 2021, quando naquela ocasião Gustavo Cancellier foi alvo de investigações e chegou a ficar afastado do cargo por 390 dias . “Naquele momento nós também não sabíamos qual era o tempo que ficaríamos  frente à prefeitura e ficamos aí por 13 meses e adotamos uma postura correta onde o objetivo era fazer uma gestão que fosse para todos”.

Durante a entrevista,  novo prefeito falou de  seu compromisso com a transparência e a colaboração com as investigações em andamento, destacando que a prioridade é assegurar que o dinheiro público seja utilizado de forma eficiente em benefício da população. “Não vamos obstruir nada, muito pelo contrário é nosso dever prestar as informações que por ventura esses órgãos ou Judiciário ou a polícia nos solicitar”.

Além de lidar com os desafios imediatos, como a continuidade da administração municipal, Nandi também se comprometeu a recuperar a credibilidade do município que é conhecido por sua cultura, gastronomia, indústria e agricultura.

“A gente vai noticiar tudo aquilo que é necessário ser noticiado, mas nós queremos a partir de hoje fazer uma virada de chave, noticiar o nosso protagonismo. Nós temos um prestador de serviço extremamente pujante que é a nossa cultura e a nossa gastronomia. Temos um setor da indústria que é forte, uma agricultura também muito importante,” destacou o prefeito interino.

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A questão do plantão nas farmácias de Orleans tem gerado debate intenso na comunidade. Halan Batista, um morador da cidade, iniciou uma petição pedindo a revisão da lei que regula o plantão das farmácias nos finais de semana, especialmente aos domingos. Após ouvir sua perspectiva, o programa recebeu na manhã desta terça-feira, 16, representantes das farmácias

Lucimari de Pellegrini e Fortunato, mais conhecida como “Deda” da farmácia São Jorge, e Gabriel Estrey Briguente, farmacêutico da farmácia Bianco, participaram do Jornal da Guarujá para esclarecer o assunto.

Lucimari explicou a evolução da legislação que regula o plantão das farmácias: “Em 2004, as pessoas precisavam ir diretamente às casas dos plantonistas para conseguir atendimento. Em 2017, houve uma mudança para que o atendimento noturno fosse feito através do hospital, mas isso também apresentou desafios. Posteriormente, em junho de 2023, a lei foi revisada devido a problemas no atendimento.”

Gabriel complementou: “Antigamente, o fato de precisar ir ao hospital às vezes dificultava para o paciente que queria comprar um medicamento simples. A flexibilização do atendimento tornou-se necessária.”

Sobre o funcionamento do plantão, Deda esclareceu: “Hoje em dia, as farmácias têm plantonistas que dormem dentro do estabelecimento. Após as 23 horas, as portas são fechadas, mas os clientes podem acionar uma campainha para serem atendidos.”

Gabriel acrescentou: “Durante a madrugada, os atendimentos são muito poucos. Em média, temos cerca de 6 atendimentos por noite. Por isso, ficar com as portas abertas durante toda a noite é arriscado.”

Sobre as reclamações recebidas, Lucimara destacou: “As farmácias plantonistas são obrigadas a disponibilizar um funcionário, e há penalidades para o descumprimento da lei. No entanto, é importante que as reclamações sejam investigadas e abordadas adequadamente.”

Quanto à possibilidade de uma farmácia 24 horas, Gabriel explicou: “Isso exigiria uma revisão profunda da legislação e implicações financeiras significativas. Além disso, é importante considerar a capacidade de atendimento e a segurança dos funcionários.”

Os representantes das farmácias também discutiram as preocupações em relação à possível quebra da lei. Deda enfatizou: “Se a lei for quebrada, pode deixar a população desassistida durante a madrugada.”

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Cerca de cem alunos do UNIBAVE estão enfrentando problemas com o transporte público escolar de Orleans. Nos dias em que não há aula à noite na Escola de Educação Básica Toneza Cascaes, esses alunos ficam sem transporte. Além disso, nos dias em que o transporte está disponível, os universitários precisam sair da sala de aula cerca de 15 minutos mais cedo para pegar o ônibus, pois o mesmo precisa buscar os alunos do Toneza.

Na última semana, o Jornal da Guarujá entrevistou Gabriel Cunha de Oliveira, representante dos alunos impactados por essa situação, que na ocasião informou que  duas reuniões foram realizadas com o prefeito Jorge Koch, mas que nada havia sido resolvido.

Sobre o tema, o Jornal da Guarujá conversou na manhã desta segunda-feira, 15, com o prefeito de Orleans Jorge Koch, que explicou que, durante o ano todo, os alunos do UNIBAVE pegam uma “carona” no transporte público disponibilizado para os alunos do Toneza Cascaes. O governo estadual repassa mensalmente recursos para que a prefeitura possa contratar ônibus ou fornecer ônibus próprios para o transporte dos alunos do nível médio. A prefeitura é obrigada a fornecer transporte para os alunos do nível fundamental 1 e 2, além dos alunos do nível médio.

Não é obrigação do município fornecer transporte universitário, mas a prefeitura tem auxiliado nesse aspecto há oito anos, fornecendo transporte para estudantes universitários que estudam em Tubarão e Criciúma.”

No entanto, surgiu uma demanda adicional de alguns alunos universitários que agora querem que a prefeitura cubra os dias em que o transporte não está disponível devido ao conselho de classe à noite na Toneza Cascaes”, explicou o prefeito. “Devido às restrições orçamentárias, não é possível atender a essa demanda sem comprometer outras áreas prioritárias.”

O prefeito pediu aos alunos universitários para que, nos dias em que o transporte não estiver disponível, busquem alternativas como caronas solidárias, uso de veículos particulares ou justifiquem a ausência na escola devido à falta de transporte.

“Eu disse que é difícil. Falei antes, o orçamento nosso é apertado. Nós temos limite para tudo. E querem demais da prefeitura. Então essa é uma demanda que a gente falou pro Gabriel, faça um esforço, faça uma carona solidária. Venha a pé, vamos de outra maneira. Porque pelo amor de Deus, dos duzentos dias letivos, são cinco dias que os alunos poderão ficar sem aulas. Isso e eu não tenho logística, eu não tenho como pegar oito ônibus naquele dia que o governo não me paga”.

Durante a entrevista, o prefeito de Orleans, informou que durante a reunião com o Gabriel, representante dos alunos universitários, deixou claro que está é uma situação que não há o que fazer.” Só se o próximo prefeito do ano de 25, ele queira, durante esse período de ausência da escola onde o estado repassa dinheiro para nós, ele arcar com o dinheiro da prefeitura, será um orçamento novo. Vai depender do próximo prefeito a ser eleito.”

Quanto à situação política, o prefeito mencionou que ainda está em discussão a possível indicação de um candidato a vice-prefeito pelo MDB para a próxima eleição municipal, mas destacou que a prioridade é trabalhar em prol do bem comum e garantir uma administração eficaz para a cidade.

“Estamos trabalhando para garantir uma administração eficiente e colaborativa para a cidade, independentemente das questões políticas”, afirmou o prefeito.

Em relação às condições climáticas, o prefeito reconheceu que as fortes chuvas têm impactado negativamente a infraestrutura da cidade, especialmente as estradas rurais, e ressaltou os desafios enfrentados pela prefeitura para manter os serviços funcionando dentro do orçamento limitado.

“Estamos cientes dos desafios que enfrentamos, especialmente com as condições climáticas adversas, e estamos buscando soluções para minimizar os impactos dessas questões na vida dos cidadãos”, disse o prefeito.

Por fim, Jorge Koch deu uma notícia boa: a inauguração das pontes da Coloninha e Brusque do Sul estão confirmadas para o final de agosto, mesmo com as chuvas, seguindo o prazo estipulado para coincidir com o Dia do Colono e as comemorações do aniversário de 111 anos do município.

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