O Governo de Santa Catarina pretende entrar na Justiça contra a cota imposta pelo Governo Federal para a pesca artesanal da tainha. A portaria publicada recentemente estabelece um limite de 1.100 toneladas para os pescadores artesanais de arrasto de praia no estado, um aumento em relação às 825 toneladas inicialmente previstas. No entanto, o governo estadual considera a medida injusta e discriminatória, uma vez que a restrição foi aplicada apenas a Santa Catarina.

Em entrevista ao Jornal da Guarujá na manhã desta quinta-feira, 6, o secretário de Estado da Aquicultura e Pesca, Tiago Bolan Frigo, destacou a preocupação do governo estadual com essa limitação e confirmou que uma ação será movida para derrubar a portaria antes do início da temporada, prevista para 1º de maio.

“O Governo Federal tinha apresentado nas reuniões anteriores uma cota de 825 toneladas para essa modalidade de arrasto de praia, mas na publicação feita na última sexta-feira esse número ainda aumentou um pouquinho, chegando a 1.100 toneladas. No ano passado, estima-se que foram capturadas 1.700 toneladas em Santa Catarina, ou seja, 600 toneladas a mais. Se repetir a safra do ano passado, diversos pescadores ficarão sem poder capturar seu sustento. Isso preocupa muito o governo do Estado, e o governador Jorginho Mello já determinou que entremos na Justiça contra essa portaria”, afirmou Frigo.

O secretário criticou o fato de a cota ter sido imposta apenas para Santa Catarina. “O governo federal criou essa regra neste ano para a pesca artesanal de praia, algo que nunca existiu. Além disso, essa divisão que o governo federal fez prejudica especialmente nosso estado, porque a tainha não tem um território fixo, ela pode ser capturada no Rio Grande do Sul, na Argentina, no Uruguai, no Paraná, em São Paulo ou no Rio de Janeiro. Mas essa limitação foi aplicada exclusivamente para Santa Catarina. Isso é uma discriminação clara”, destacou.

Frigo também mencionou que, em 2023, o Governo Federal proibiu totalmente a pesca industrial da tainha, o que causou grande impacto no setor. “A pesca industrial já tem uma limitação natural porque só pode ser feita cinco milhas para fora da costa. Agora, querem impor uma cota para a pesca artesanal, que já se regula sozinha, pois depende da aproximação do peixe à praia. Se a tainha não encostar, o pescador não consegue capturar”, explicou.

Segundo o secretário, além de afetar economicamente os pescadores, a portaria atinge um patrimônio histórico-cultural de Santa Catarina. “Temos uma lei estadual que determina que a pesca artesanal da tainha é um patrimônio dos catarinenses. A maioria das embarcações dessa modalidade são a remo, ou seja, o pescador precisa esperar o peixe encostar para fazer o cerco. Essa pesca existe em outros estados, mas lá a captura está liberada. Isso não pode acontecer, e por isso o governador já determinou que judicializemos essa questão”, concluiu Frigo.

A expectativa do governo estadual é que a liminar seja concedida antes do início da temporada para garantir que os pescadores catarinenses possam trabalhar sem a restrição imposta pela nova portaria. Enquanto isso, o setor segue aguardando um desfecho para a questão.

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A empresária Andréa Gazzola Salvalaggio assumiu a presidência da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Criciúma, sucedendo André Luiz Santiago de Castro. Em seu discurso de posse, Andréa destacou o compromisso da entidade em representar e fortalecer o comércio, a indústria e os serviços, além de dar continuidade a projetos estratégicos que impulsionam o desenvolvimento econômico da região.

Na manhã desta quinta-feira (6), em entrevista ao Jornal da Guarujá, Andréa falou sobre os desafios e metas de sua gestão.

“Assumi a presidência da CDL pela segunda vez. Minha primeira passagem foi entre 2019 e 2020, quando enfrentamos o período crítico da pandemia. O comércio precisou se reinventar e tomar decisões difíceis. Agora, aceitei o desafio de retornar para dar continuidade a esse trabalho. Acredito que um comércio forte se constrói com conhecimento e inovação. Hoje, não basta abrir um negócio e esperar que ele funcione sozinho; é preciso entender como o cliente deseja consumir. O comércio físico não vai desaparecer, mas precisa melhorar a experiência do consumidor”, afirmou a empresária.

Sobre o papel de Criciúma como polo comercial da região, Andréa ressaltou que a cidade deve puxar o desenvolvimento econômico local.

“Criciúma é referência para os municípios vizinhos, mas hoje as cidades menores também oferecem uma gama variada de produtos e serviços. Isso aumenta nosso compromisso em manter um comércio forte, elevando a qualidade para toda a região. Acreditamos que, ao fortalecer Criciúma, também impulsionamos os negócios em Orleans, Nova Veneza, Içara e outras localidades. Nosso desafio é mostrar aos lojistas que, embora sejamos concorrentes, também somos parceiros e que um desenvolvimento regional equilibrado favorece a todos”, destacou.

A revitalização do centro da cidade é uma das prioridades da nova gestão. Andréa garantiu que a CDL está em diálogo com o prefeito Vaguinho Espíndola para buscar soluções para a região central.

“Não queremos que o centro de Criciúma enfrente o mesmo destino de grandes cidades, onde a área central perde relevância. Criamos o núcleo Centro, ligado à CDL, e já implementamos melhorias, como brinquedos na Praça Nereu Ramos para atrair famílias. Em parceria com a Unesc, conseguimos revitalizar a praça, que está mais limpa e florida. Pequenas ações geram um efeito cascata, incentivando lojistas a investirem em melhorias. Em relação à rua coberta, sabemos que o projeto ainda enfrenta desafios, mas seguimos buscando alternativas para torná-la um espaço funcional e atrativo”, pontuou.

A nova presidente também reforçou a importância do fortalecimento do comércio nos bairros.

“Dividimos a cidade em seis grandes núcleos e temos vice-presidentes para cada região, que trazem as demandas locais. Acreditamos que uma cidade forte é aquela em que todos os setores crescem juntos. O ano começou intenso e já realizamos muitas iniciativas. Seguiremos trabalhando para reduzir a distância entre os bairros e o centro, garantindo um desenvolvimento mais equilibrado para toda Criciúma”, finalizou Andréa Gazzola Salvalaggio.

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O Rotary Clube de Orleans, por meio da Casa da Amizade, realizará nesta quinta-feira, 6 de março, a entrega das fraldas geriátricas produzidas pela própria entidade. A entrega ocorrerá na fábrica de fraldas, localizada na cidade, das 13h às 16h.

Em entrevista ao Jornal da Guarujá, Andreza de Souza Mendes Tezza, presidente da Casa da Amizade, detalhou a iniciativa. “Amanhã  teremos a entrega das fraldas, e estamos aguardando todas as pessoas que fazem uso delas”, disse Andreza, destacando que a distribuição, que geralmente acontece na primeira quarta-feira de cada mês, foi excepcionalmente transferida para quinta-feira devido ao carnaval e  a quarta-feira de cinzas.

A fábrica de fraldas do Rotary Clube de Orleans tem como objetivo produzir e distribuir gratuitamente fraldas geriátricas para pessoas necessitadas. “Produzimos uma média de mil fraldas por semana, com entregas mensais de 300 pacotes. A distribuição é feita para pessoas que realmente necessitam, e é importante lembrar que a fralda distribuída é do tamanho geriátrico, única disponível na fábrica”, explicou Andreza.

Para ser beneficiado, o morador de Orleans precisa realizar um cadastro junto à fábrica, apresentando CPF, identidade, comprovante de residência, comprovante de renda e um atestado médico que comprove a necessidade do uso de fraldas. A demanda, segundo a presidente, é significativa. “Fazemos a entrega de 300 pacotes mensais, o que mostra a grande demanda no município”, afirmou.

O Rotary Clube de Orleans conta com apoio da prefeitura e com recursos do tradicional evento “Costelaço”, que ajuda a financiar a produção das fraldas. “A prefeitura contribui com uma parte do custo, mas a maior parte do financiamento vem do Rotary, através do Costelaço”, contou Andreza.

A entrega das fraldas será feita na tarde desta quinta-feira, 6 de março, das 13h às 16h, para aqueles que já estão cadastrados.

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Um ouvinte da Guarujá FM, identificado como Seu Lauro, entrou em contato com a rádio para relatar dificuldades enfrentadas ao transitar pelas ruas próximas às empresas Sul Metal e Mecânica do Divino, em Braço do Norte. Segundo ele, dias atrás, levou cerca de meia hora para conseguir passar com seu caminhão, após colocar pedras em um buraco na estrada.

Em busca de esclarecimentos, o Jornal da Guarujá conversou na manhã desta quarta-feira, 5, com o secretário de Infraestrutura de Braço do Norte, Afonso Boeing. O secretário reconheceu a situação precária das estradas e a dificuldade enfrentada pela população. “Eu acho que se todo mundo de Braço do Norte for ligar para a rádio, vai dar muitas ligações, porque nós pegamos um cenário muito ruim das estradas e o maquinário é muito sucateado”, afirmou o secretário, ressaltando que a atual gestão ainda está se ajustando para atender às demandas do município.

Boeing mencionou que o município tem uma frota limitada e que, até o momento, os serviços de manutenção estão sendo realizados com poucos equipamentos. “Estamos trabalhando com apenas uma patrola, cinco caminhões, e duas retroescavadeiras. Isso é insuficiente para a extensão de Braço do Norte”, explicou. Contudo, ele revelou que o município está aguardando a liberação de novos equipamentos, incluindo patrolas e caminhões, que serão adquiridos por meio de licitação.

Sobre o caso específico de Seu Lauro, Boeing garantiu que a demanda será atendida, assim como outras solicitações da população. “Com a chegada de mais maquinário, poderemos melhorar a qualidade do serviço e atender melhor a todos”, afirmou o secretário,

Quando questionado sobre o andamento das ações à frente da pasta, Afonso Boeing fez um balanço de seus primeiros meses de trabalho. “Nosso foco inicial está nas estradas gerais e nas vias de acesso ao centro da cidade, que são essenciais para a circulação de veículos e o transporte escolar. Sabemos da importância dessas melhorias, tanto para o escoamento da produção quanto para garantir a segurança das crianças que dependem do transporte escolar”, destacou.

Embora reconheça as dificuldades, o secretário se mostrou otimista em relação aos avanços que virão com a chegada dos novos equipamentos. No entanto, ele não escondeu a frustração com a burocracia do setor público, que atrasa processos como a aquisição de maquinário. “A única coisa é a demora do poder público em arrumar seus maquinários. Tem que passar tudo por licitação e não se pode pegar e mandar arrumar na hora que a gente quer”, lamentou Boeing.

Com o início de março, Afonso Boeing observa que as ações para recuperar as estradas seguem em ritmo acelerado, e a população de Braço do Norte pode esperar melhorias em breve. “Pegamos as estradas em situação precária, vai demorar para colocar em dia, mas onde passamos, estamos fazendo um bom serviço”, finalizou o secretário.

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