Em virtude das novas regras propostas para o Bolsa Família, que poderiam resultar no corte de benefícios em cerca de 40% dos municípios catarinenses, a Secretaria de Estado da Assistência Social, Mulher e Família de Santa Catarina busca esclarecer a situação. Em uma entrevista realizada com a coordenadora do Bolsa Família em Santa Catarina, Magna de Paula, foram abordados os principais aspectos desse tema controverso.

Contexto emergencial e mudanças nas regras

Magna de Paula começou a entrevista contextualizando a situação, lembrando que as mudanças nas regras do Bolsa Família têm raízes em eventos recentes, como a pandemia da COVID-19. Durante a pandemia, o governo implementou o auxílio emergencial, que precisava abranger não apenas famílias tradicionais, mas também pessoas unipessoais e grupos que não se encaixavam nos critérios do Cadastro Único. Posteriormente, o auxílio emergencial foi substituído pelo programa “Auxílio Brasil”.

Magna destacou que essas mudanças resultaram em inconsistências nos dados do Cadastro Único, que é declaratório. Por exemplo, em alguns casos, casais não informaram que viviam juntos, o que gerou problemas de enquadramento. A coordenadora enfatizou que o programa Bolsa Família é destinado a famílias, e tais inconsistências precisam ser corrigidas para garantir que apenas as famílias elegíveis recebam o benefício. Os municípios estão realizando visitas técnicas para verificar a veracidade das informações no Cadastro Único e corrigir qualquer discrepância. O objetivo é garantir que as famílias que realmente estão em situação de vulnerabilidade e têm baixa renda recebam o Bolsa Família.

O processo de verificação

A coordenadora estadual do Bolsa Família explicou que os técnicos do Cadastro Único fazem visitas para verificar a composição das famílias. O Cadastro Único define família como um grupo que compartilha renda e despesas. As famílias que não atualizaram suas informações em dois anos são convidadas a fazê-lo no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Aquelas que não se encaixam nos critérios do Bolsa Família terão seus benefícios bloqueados.

Magna enfatizou que o Bolsa Família destina-se a quem realmente necessita. As pessoas que atendem aos critérios não devem se preocupar, pois continuarão recebendo o benefício. No entanto, aqueles que agiram de má fé, fornecendo informações falsas, perderão o benefício. Isso é importante para garantir que o auxílio chegue às famílias que realmente precisam.

Quantidade de beneficiados no estado

Santa Catarina possui atualmente 222 mil famílias beneficiadas pelo Bolsa Família, com cerca de 30 mil famílias unipessoais. Isso representa 17,7% das famílias, acima da média nacional. Por isso, os municípios estão realizando verificações rigorosas para corrigir as inconsistências.

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O Jornal da Guarujá entrevistou na manhã desta terça-feira, 19, Cristiani Vavassori, diretora da Fundação Hospitalar Santa Otília, para dar mais detalhes sobre a doação de sangue promovida pelo HEMOSC (Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina) em Orleans. A ação acontece dia 26 de setembro e faz parte dos esforços para manter um suprimento saudável de sangue na região de Criciúma.

A diretora da Fundação Hospitalar, explicou que na próxima terça-feira, o Hospital Santa Otília se transformará numa unidade totalmente equipada, semelhante a um centro de hemoterapia, para a cidade. Cristiani destacou que a vinda do HEMOSC para esta ação foi por intermédio do vereador Dovagner Baschirotto.

Para participar, os interessados devem acessar este link https://docs.google.com/forms/d/1JzozSREThj-zdJL3NCKnEufsTvPCVk71KOgGbBZeZbE/viewform?edit_requested=true e preencher o formulário. O HEMOSC entrará em contato com os doadores para agendar um horário para a doação.

Foto/Divulgação

A coleta de sangue está prevista para durar cerca de 55 minutos, compreendendo quatro etapas, incluindo uma entrevista, preenchimento de documentos, realização de exames e um lanche no final. O horário de funcionamento será das 9h às 12h e das 13h às 16h. É essencial agendar a doação com antecedência. Aqueles com dificuldades tecnológicas podem obter assistência pessoalmente no hospital.

O sangue coletado beneficiará toda a região  e a doação é uma maneira fundamental de salvar vidas.

A diretora da Fundação Hospitalar Santa Otília destaca que a campanha de doação de sangue do HEMOSC oferece uma oportunidade valiosa para a comunidade de Orleans e região demonstrar solidariedade ao próximo e que esta ação pretende fazer com  que mais pessoas possam contribuir para salvar vidas.

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Na manhã desta segunda-feira, 18 de setembro, o Jornal da Guarujá teve a oportunidade de conversar com a presidente da União dos Vereadores de Santa Catarina (UVESC), Marcilei Vignatti, para discutir o papel que esta entidade desempenha na política catarinense e a campanha de filiação que está em andamento.

Com mais de cinco décadas de história, a UVESC se estabeleceu como uma instituição sólida que representa não apenas os vereadores de Santa Catarina, mas também os legislativos municipais do estado. Esta organização assume uma função de destaque ao representar um dos setores mais abrangentes da política catarinense.

A presidente da UVESC ressalta que enquanto prefeitos administram suas cidades, os vereadores estão presentes nas câmaras de diversas cidades, muitas vezes em grupos de 7, 9, 12, 20 ou até 21 membros. No total, são quase 3 mil vereadores em Santa Catarina, e a União dos Vereadores se torna uma voz unificada para defender os interesses desses vereadores e suas respectivas comunidades.

Marcilei destaca que a campanha de filiação à UVESC é de extrema importância por várias razões. Em primeiro lugar, a entidade já possui uma estrutura sólida, incluindo uma sede própria avaliada em mais de um milhão e meio de reais. Além disso, oferece suporte com grupos de advogados, contadores e agências de comunicação. A presença de um escritório de representação em Florianópolis facilita o acesso dos vereadores a instituições públicas e órgãos governamentais. A filiação é realizada por meio de um projeto de lei na câmara municipal, sendo uma decisão da casa legislativa, mas que pode ser iniciada por qualquer vereador. A mensalidade é acessível, apenas seiscentos reais por mês, o que oferece um excelente custo-benefício considerando os benefícios e suporte que a UVESC proporciona aos seus filiados.

A formação política dos vereadores também é uma prioridade para a UVESC. A entidade mantém uma escola de formação política que realiza três seminários por ano, abordando temas atuais e relevantes, como a recente discussão sobre a reforma tributária e questões orçamentárias. Além disso, fornece informações sobre projetos educacionais e de saúde, entre outros. O objetivo é garantir que os vereadores estejam bem informados e conectados com os desafios políticos e sociais do estado.

A presidente lembra que os vereadores interessados em se filiar à UVESC podem encontrar todas as informações necessárias em seu site oficial (uvesc.org.br) ou entrar em contato diretamente com a entidade. A UVESC está pronta para ajudar a disseminar informações e facilitar o processo de filiação. Vale ressaltar que no Sul do estado ainda não há câmaras filiadas à UVESC, o que reduz a representatividade da região. Portanto, a campanha de filiação também tem como objetivo fortalecer a representação do Sul de Santa Catarina.

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No mês dedicado ao Setembro Amarelo e à conscientização sobre a saúde mental, o Jornal da Guarujá realiza uma série de entrevistas para abordar esse tema delicado e crucial. O Jornal da Guarujá conversou com Ana Regina Zomer, coordenadora do CAPS 1 de Orleans e psicóloga, sobre o Setembro Amarelo, um trabalho que tem recebido elogios e destaque em toda a região, especialmente no que diz respeito à prevenção ao suicídio.

O CAPS de Orleans não se limita apenas à prevenção ao suicídio, mas abrange todas as questões relacionadas à saúde mental. Durante a entrevista, Ana Regina destacou o trabalho excepcional realizado no CAPS, oferecendo uma visão sobre as atividades desenvolvidas e os serviços oferecidos aos membros da comunidade.

Acolhimento integrado para a Saúde Mental

Ana Regina explicou que Orleans é privilegiado na área da saúde mental, com psicólogos disponíveis em todas as unidades de saúde e o serviço do CAPS, que funciona diariamente das 8h às 18h sem intervalo ao meio-dia. O CAPS desempenha um papel crucial no acolhimento de pacientes com transtornos mentais e os encaminha para avaliação psiquiátrica, oferecendo tratamento psicológico e, quando necessário, internação.

Além disso, todas as unidades de saúde da cidade estão preparadas para receber pacientes com problemas de saúde mental, e o Hospital Santa Otília serve como uma porta de acolhimento durante fins de semana e fora do horário de funcionamento da Secretaria de Saúde.

Identificando sinais de risco

Para ajudar na prevenção ao suicídio, é vital identificar os sinais de risco.  a psicóloga e coordenadora do CAPS 1, enfatizou que pessoas com pensamentos suicidas geralmente sofrem de transtornos mentais e experimentam um profundo sofrimento, onde a falta de esperança prevalece. Familiares e amigos devem prestar atenção a mudanças no comportamento da pessoa, como agressividade, reclusão e outras alterações que podem indicar problemas de saúde mental.

Ela encoraja as pessoas a conversarem abertamente com aqueles que podem estar em risco e a perguntarem diretamente sobre seus pensamentos suicidas. “Isso não aumenta o risco, mas pode abrir a porta para a ajuda e o tratamento necessários”, afirma.

Buscando ajuda

Ana Regina destacou a importância de buscar ajuda profissional em situações de risco. Os serviços de saúde mental em Orleans são acessíveis e gratuitos, e qualquer pessoa pode procurá-los para obter orientação e apoio, mesmo que seja apenas para esclarecimentos.

Ela também mencionou o Serviço de Valorização da Vida (CVV) com o número 188, disponível 24 horas por dia, como um recurso para aqueles que estão enfrentando dificuldades emocionais e precisam de apoio imediato.

Trabalho contínuo

A coordenadora e psicóloga esclareceu que a cidade de Orleans está comprometida com a saúde mental durante todo o ano, não apenas em setembro. Profissionais de saúde estão sendo treinados para oferecer um melhor acolhimento aos pacientes, e programas de saúde mental estão sendo integrados em escolas para abordar questões como bullying, álcool e drogas, e outros problemas emocionais.

O município tem visto uma redução nos casos de suicídio nos últimos anos, graças ao trabalho de conscientização e aos serviços de saúde mental disponíveis para a comunidade.

Envolvimento da família

Quando um paciente com pensamentos suicidas é identificado, a família desempenha um papel crucial em seu tratamento. Ana Regina explicou que a família deve ser orientada sobre como apoiar o paciente e, em alguns casos, fornecer supervisão constante.

Em Orleans, o CAPS oferece orientação e suporte não apenas aos pacientes, mas também às suas famílias, reconhecendo a importância da rede de apoio no tratamento da saúde mental.

Para aqueles que desejam entrar em contato com o CAPS em Orleans ou obter orientação, Ana Regina enfatizou que eles estão abertos e prontos para ajudar através do telefone (48)3886-0170 que também é whatsapp. Além disso, o serviço de Valorização da Vida (CVV) pode ser acessado ligando para o número 188, 24 horas por dia.

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