O Jornal da Guarujá entrevistou nesta segunda-feira, 25, Egídio Antônio Martorano, Presidente da Câmara de Transporte e Logística da FIESC, sobre um projeto que pode ter um impacto significativo na economia da região sul do Brasil. Trata-se do projeto de construção de um ramal da Nova Ferroeste, ligando Cascavel (PR) a Chapecó (SC), com extensões previstas para Maracaju, no Mato Grosso do Sul, e o Porto de Paranaguá, no Paraná, incluindo um ramal até Foz do Iguaçu (PR).

Durante a entrevista,  o Presidente da Câmara de Transporte e Logística da FIESC descreveu o projeto como ambicioso, destacando sua importância para os estados do Paraná e Santa Catarina, bem como para a região sul do país como um todo. Ele enfatizou que, embora seja um projeto de grande envergadura e alto custo, ele traz uma solução vital para o transporte de grãos, especialmente para a agroindústria no oeste de Santa Catarina.

No entanto, Martorano ressaltou que a construção de ferrovias é um processo complexo e que ainda há desafios a serem superados, incluindo a obtenção de licenças ambientais, principalmente em relação a questões indígenas. A previsão é que o leilão para a construção ocorra em 2024, após o licenciamento.

O projeto não se limita a apenas dois municípios, uma vez que prevê conexões abrangentes, passando por diversas cidades e envolvendo múltiplas regiões. Isso levanta questões logísticas adicionais, como a necessidade de transbordo e uma infraestrutura eficiente para o transporte dos grãos do trem para as fábricas de ração e produtores.

Martorano destacou a importância de investir na melhoria das rodovias, que atualmente representam a maior parte da matriz de transporte da região, para garantir resultados a curto prazo. Ele ressaltou que a ferrovia é dependente da rodovia, e ambos os modais devem ser aprimorados para otimizar o transporte de carga.

Além disso, foi mencionado que existem planos para expandir a ligação ferroviária, conectando Chapecó a portos em Santa Catarina, como Itajaí e Imbituba, por meio de um projeto complementar.

O projeto de construção do ramal da Nova Ferroeste é visto como uma iniciativa transformadora para a economia da região sul do Brasil. No entanto, sua realização envolve desafios complexos que incluem licenciamento ambiental, questões logísticas e cooperação com concessionárias ferroviárias existentes.

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Orleans, uma cidade pioneira e inovadora no sul de Santa Catarina, vem se destacando como um exemplo na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) em suas políticas públicas. A busca constante por um futuro mais justo, igualitário e ambientalmente responsável tem colocado Orleans na vanguarda desse movimento global.

Nesta semana, de 25 a 29 de setembro, a cidade promove a “Semana ODS na Prática”, um evento que reúne atividades e iniciativas transformadoras alinhadas aos 17 ODS estabelecidos pela ONU. Para discutir esse tema relevante, o Jornal do Guarujá conversou com Thatiane Cordini Fernandes, Superintendente da Fundação Ambiental Municipal de Orleans, e Ana Carolina Volpato Bussolo, Gerente de Departamento.

Thatiane ressalta que os ODS não são uma novidade recente, mas sim um movimento que teve início em 2000, quando a ONU percebeu a necessidade de coordenar esforços globais para enfrentar desafios complexos. Nesse período, foram estabelecidos os Oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que tinham como meta a redução da pobreza e a melhoria da qualidade de vida. Com o sucesso dessa iniciativa, os ODS foram introduzidos em 2012, expandindo-se para 17 objetivos interconectados que abrangem desde a erradicação da pobreza até a promoção da sustentabilidade ambiental.

Ana Carolina destaca que Orleans tem se destacado na implementação desses objetivos, abrangendo áreas como crescimento econômico sustentável, indústria e infraestrutura, consumo e produção responsável, além de parcerias e implementações diversas. A cidade também está empenhada em educar as futuras gerações sobre a importância da sustentabilidade, levando discussões sobre os ODS para as escolas e conscientizando as crianças desde cedo.

A “Semana ODS na Prática” prevê uma série de atividades, incluindo debates, ilustrações e ações educativas nas escolas.

O município de Orleans, como signatário dos ODS desde 2021, tem se destacado, estando atualmente em 44º lugar entre 5.570 concorrentes e em terceiro lugar no estado de Santa Catarina.

Programação

Nos dias 27 e 28 (quarta e quinta-feira), haverá entrega de material impresso (folder) aos alunos da rede municipal, estadual e particular do município, entre as escolas estão: EEB Conego Santos Sprícigo (bairro Murialdo); EEB Leopoldo Hannoff (comunidade do Barracão); EEB Martha Claudio Machado (Brusque do Sul); EEB Costa Carneiro (Centro); EEB Samuel Sandrini (Conde D´Eu); EEB José Antunes Matos (Pindotiba); Unibave (Centro) e Centro Educacional META (bairro Murialdo). Já no dia 29, sexta-feira, no período da manhã, a Praça Celso Ramos contará com um estande para que os cidadãos possam receber informações, tirar as dúvidas, compartilhar ideias e conhecer as iniciativas do Movimento ODS na cidade.

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O Jornal da Guarujá entrevistou na manhã desta sexta-feira, 22, a deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC). Julia é uma das autoras de um requerimento que busca esclarecimentos sobre as campanhas sistemáticas realizadas pelo Sleeping Giants Brasil contra sites e veículos de comunicação. As ações do Sleeping Giants Brasil são suspeitas de agirem contra a liberdade de expressão e de imprensa.

Os representantes da empresa Sleeping Giants Brasil foram convocados para depor perante as Comissões de Comunicação e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados na última quarta-feira, 20. No entanto, eles não compareceram, e a deputada catarinense afirmou que serão chamados novamente.

Júlia Zanatta expressou sua preocupação com as atividades do Sleeping Giants Brasil, que ela se refere como uma “milícia digital”. Ela argumentou que o grupo acusa outros de produzir fake news enquanto realiza campanhas de desmonetização de conteúdos independentes, especialmente aqueles alinhados com a direita e o conservadorismo. Zanatta afirmou que essas campanhas prejudicam a liberdade de expressão e a produção de conteúdo.

Um exemplo citado foi a campanha direcionada aos patrocinadores da Jovem PAN News, com o objetivo de boicotar a emissora. A deputada alega que o Sleeping Giants Brasil está atuando como um “poder moderador” ao tentar ditar o que é verdade e mentira na mídia.

Júlia também mencionou que uma investigação estava em andamento em São Paulo para descobrir quem está por trás do Sleeping Giants Brasil, mas o Ministro Alexandre de Moraes arquivou essa investigação, o que levanta preocupações sobre possíveis conexões com pessoas influentes.

Quanto ao futuro das investigações, a deputada federal explicou que, uma vez que a audiência pública não pode obrigar a presença dos representantes do Sleeping Giants Brasil, estão sendo analisadas as medidas cabíveis, incluindo a possibilidade de convocá-los coercitivamente, como foi feito em casos anteriores.

A deputada encerrou destacando que apenas um lado da política tem sido criminalizado, e isso afeta principalmente os conservadores e políticos de direita, um cenário que ela considera preocupante em um contexto democrático.

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A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) apresentaram uma proposta ao Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, visando mitigar a crise resultante das importações excessivas de leite. A iniciativa das duas instituições concentra-se nos incentivos fiscais concedidos às indústrias credenciadas no Programa Mais Leite Saudável, no qual os laticínios participantes recebem tratamento tributário diferenciado ao desenvolver programas de assistência técnica aos produtores de leite. As bruscas quedas nos preços do leite durante a entressafra, causadas pelas importações excessivas, têm prejudicado a rentabilidade da atividade, desencorajando a produção nacional, inclusive com a internalização do leite subsidiado vindo da Argentina.

Em uma entrevista para o Jornal da Guarujá na manhã desta sexta-feira, 22, João Paulo Franco, Coordenador de Produção Animal da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, expressou a preocupação com a situação e a busca por alternativas para os produtores brasileiros. Ele destacou que as importações de leite da Argentina aumentaram significativamente, afetando negativamente a cadeia produtiva do leite no Brasil. Franco enfatizou a necessidade de encontrar soluções junto ao governo brasileiro para garantir a sobrevivência dos produtores nacionais, uma vez que a competição desigual com os produtores argentinos, que recebem subsídios do governo, torna o mercado injusto.

Ele também ressaltou que o momento da entressafra é historicamente quando os produtores recebem melhores preços pelo leite, permitindo-lhes renovar suas esperanças e melhorar sua situação financeira. No entanto, as importações em massa estão resultando em quedas nos preços pagos aos produtores, o que, se não for abordado, afetará eventualmente os preços para os consumidores.

Franco mencionou o impacto negativo da situação no setor de carne, onde houve uma redução significativa nos preços pagos aos produtores, enquanto os frigoríficos e varejistas mantiveram margens consideráveis. Ele também observou que, em alguns casos, o varejo importou leite diretamente da Argentina, o que prejudica ainda mais a produção nacional.

Para enfrentar essa crise, Franco mencionou o trabalho em conjunto com a Frente Parlamentar do Leite, composta por deputados empenhados na causa do setor. Eles estão realizando esforços para sensibilizar não apenas os legisladores, mas também os ministérios envolvidos, em busca de soluções que garantam a sustentabilidade dos produtores rurais brasileiros e evitem a dependência excessiva das importações de leite estrangeiro.

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