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BLOG

Rádio Guarujá

Orleans leva saúde à Praça Celso Ramos no sábado com vacinação, exames e prevenção ao câncer de boca

Por Rádio Guarujá26/05/2025 09h58
Foto/Redação

A população de Orleans está convidada a participar da ação de saúde que será realizada neste sábado, 31 de maio, na Praça Celso Ramos, das 8h ao meio-dia. Promovido pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, o evento marca o Dia Nacional de Combate ao Câncer Bucal e oferecerá serviços gratuitos como vacinação contra a gripe (influenza), aferição de pressão arterial, teste de glicemia capilar e avaliação odontológica com foco na prevenção ao câncer de boca.

A ação contará com a presença de profissionais da rede pública de saúde, que estarão disponíveis para orientar a população e realizar atendimentos de forma acessível.

Em entrevista ao Jornal da Guarujá nesta segunda-feira (26), a coordenadora da Atenção Primária em Saúde, Ana Paula Wernke Salvador, explicou o objetivo do evento. “Vamos estar com a equipe da Secretaria de Saúde na Praça Celso Ramos oferecendo vacinação da influenza, verificação das carteirinhas de vacinação, aferição da pressão arterial e glicemia capilar. A equipe da odontologia também estará presente. Nosso objetivo é facilitar o acesso da população aos serviços de saúde e reforçar a importância da prevenção.”

A coordenadora da Saúde Bucal, Marília Melo Tessmann Sprícigo, ressaltou que o foco será a conscientização sobre o câncer de boca, ainda pouco discutido pela população. “No dia 31 é o Dia Nacional de Combate ao Câncer Bucal, então estaremos com dentistas na praça orientando sobre o autoexame, sinais de alerta e fatores de risco. É um tipo de câncer mais comum do que as pessoas imaginam, mas que, se detectado no início, tem uma taxa de cura de até 80%.”

Marília informa que além da ação na praça, o município conta com atendimento odontológico permanente. “Todas as nove unidades de saúde do município oferecem profissionais da área de odontologia, disponíveis para atender a população”, afirmou. Ela lembra que a prevenção ao câncer bucal deve ser contínua, e que consultas regulares ao dentista são essenciais para identificar precocemente qualquer alteração.

Vacinação contra a gripe está liberada para todos

Ana Paula reforçou que a vacinação contra a influenza, antes restrita a grupos prioritários, agora está disponível para toda a população. “Desde o dia 10 de maio, a vacina está liberada para todas as faixas etárias. É gratuita, eficaz e uma forma segura de evitar complicações e hospitalizações. Já tivemos inclusive óbito por influenza este ano em Orleans, por isso reforçamos a importância da prevenção.”

Programa Saúde na Escola

Durante a entrevista, Ana Paula e Marília também destacaram o trabalho realizado por meio do Programa Saúde na Escola, que está em andamento nas unidades educacionais do município. O programa é uma parceria entre os ministérios da Saúde e da Educação e aborda diversos temas preventivos com os estudantes, como saúde bucal, verificação da situação vacinal, saúde ambiental, promoção da cultura de paz e direitos humanos, prevenção das violências e dos acidentes, prevenção de doenças negligenciadas, saúde sexual e reprodutiva e prevenção do HIV, prevenção ao uso de álcool, tabaco e outras drogas, saúde auditiva, saúde ocular, prevenção à covid-19 nas escolas.

“O Programa Saúde na Escola é realizado ao longo do ano e conta com a atuação de profissionais da saúde diretamente nas escolas. Eles fazem avaliação da situação vacinal, escovação supervisionada, distribuição de kits de higiene bucal e triagens para a saúde ocular e auditiva. Se os pais receberem algum bilhete ou encaminhamento, é resultado dessas avaliações preventivas realizadas com as crianças”, explicou Ana Paula.

“Realizamos avaliações bucais nas escolas, com escovação supervisionada e entrega de kits com escova, pasta e fio dental. Esse trabalho fortalece o vínculo entre saúde, educação e família”, acrescentou Marília.

Serviços oferecidos no dia 31

  • Vacinação contra a gripe (influenza)
  • Verificação de carteiras de vacinação
  • Aferição de pressão arterial
  • Teste de glicemia capilar
  • Avaliação odontológica e orientações sobre prevenção ao câncer bucal

A coordenadora da Atenção Primária em Saúde reforça que, para participar das ações de saúde na Praça Celso Ramos, é importante que a população leve um documento com foto, o cartão do SUS (se possível) e a carteira de vacinação. Esses documentos são fundamentais para facilitar o atendimento e garantir que a verificação da situação vacinal e os demais serviços sejam realizados de forma adequada.

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Coopermila inicia terceira edição do Programa Mulheres Cooperativistas

Por Rádio Guarujá26/05/2025 09h52
Foto: Arquivo / Coopermila

Nesta terça-feira (27), inicia a  terceira edição do Programa Mulheres Cooperativistas da Coopermila, agora nomeado como “Trilha do Conhecimento 2025”. O evento, voltado às mulheres, visa fortalecer o protagonismo feminino no cooperativismo com encontros mensais sobre temas diversos.

Em entrevista ao Jornal da Guarujá na manhã desta segunda-feira (26), a coordenadora de programas sociais da Coopermila, Darlania Maccari, falou com entusiasmo sobre o crescimento e a adesão ao projeto. “Essa já vai ser a terceira edição do programa Mulheres Cooperativistas aqui na Coopermila. Iniciamos em 2023, foi um sucesso. 2024 superou ainda mais as expectativas. E digo com muito entusiasmo e alegria que 2025 superou ainda mais, porque abrimos o projeto para 100 mulheres e, antes mesmo de finalizar as inscrições no dia 21, nós já estávamos com a procura de 120 mulheres.”

Com auditório para 122 pessoas, apenas duas cadeiras ficarão reservadas: uma para o presidente e outra para o palestrante. A abertura será às 13h com a entrega das camisetas, seguida, às 13h30, da palestra de Lúcio Stein sobre educação cooperativista.

Darlania explica que, por conta do apoio do Sescoop (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo), o programa ganhou novo nome e teve que seguir normas específicas. “Quem participou nas duas anteriores edições não poderia repetir a participação nessa. Então buscamos ajustar para que pudéssemos oportunizar novamente esse momento para elas.”

O programa contará com cinco encontros, cada um com um tema central. Os pilares do projeto, segundo a coordenadora, são conhecimento, transformação e empoderamento. “O empoderamento, tu sabes, é o conhecimento. E elas estão se oportunizando a buscar essa ferramenta para se melhorar cada vez mais. E tu sabes: uma mulher melhorada, na tomada de decisões lá no núcleo familiar, consegue pacificar, melhorar a convivência.”

A coordenadora também reforça a importância do impacto na vida pessoal das participantes. “Nós recebemos diversos relatos. Elas colocam que é uma oportunidade de se melhorar, de fazer conquistas, de planejar novos caminhos e acreditar que a mulher pode crescer no seu dia a dia.”

Neste ano, o programa foi ampliado para incluir esposas de associados e outras mulheres da comunidade. “Esse ano conseguimos abrir também para quem não é associada. Então vai diversificar e demonstrar que o cooperativismo é uma organização econômica que deu certo no Brasil, está despertando. E tu sabes que o cooperativismo é apaixonante.”

O encerramento será no dia 17 de outubro, com um formato ainda a ser definido pelas próprias participantes. “Nos dois anos anteriores, fizemos um jantar participativo com os familiares, foi um momento de confraternização em que a cooperativa participou junto. É bem legal, porque movimenta toda a comunidade.”

Programação

  • 27/05 (terça-feira) – Cooperativismo e Educação Cooperativista – Lúcio Stein
  • 25/06 (quarta-feira) – Desenvolvimento Humano – O Poder da Mulher – Jéssica Carvalho Brum
  • 23/07 (quarta-feira) – Responsabilidade Socioambiental – Andreia Arcaro Tonetto
  • 28/08 (terça-feira) – Relacionamento e Desenvolvimento Interpessoal – Vera Lúcia Rodrigues Ceolin
  • 25/09 (terça-feira) – Desenvolvimento Humano – Liderança e Protagonismo – Gabriela Soares

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Presidente da FECAM avalia Marcha dos Prefeitos e fala sobre desafios dos municípios catarinenses

Por Rádio Guarujá23/05/2025 15h10
Foto/FECAM

A Federação de Consórcios, Associações de Municípios e Municípios de Santa Catarina (FECAM) marcou presença na 26ª edição da Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, realizada entre os dias 19 e 22 de maio. O evento, promovido pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), reuniu cerca de 7 mil gestores públicos em Brasília e é considerado o maior encontro municipalista da América Latina.

Entre os temas prioritários discutidos pela comitiva catarinense, destacou-se a proposta de criação de um cadastro único para acompanhar a movimentação de pessoas em situação de rua. A iniciativa foi uma das principais pautas levadas pelos prefeitos de Santa Catarina à capital federal.

Em entrevista ao Jornal da Guarujá na manhã desta sexta-feira (23), o presidente da FECAM e prefeito de Florianópolis, Topazio Neto, falou sobre a importância do evento. “A Marcha dos Prefeitos é a oportunidade que os prefeitos de todo o Brasil têm de se reunir em Brasília e ter acesso, de maneira privilegiada, a todos os ministérios do governo federal e também aos parlamentares do Congresso Nacional, levando suas pautas, suas indicações, os assuntos mais importantes e urgentes das suas cidades.”

O presidente da FECAM destacou que Santa Catarina teve participação expressiva nesta edição. “Tivemos um público recorde, com mais de 140 prefeitos do estado, que foram recepcionados pela estrutura da FECAM. Conseguimos encaminhar diversos temas, inclusive em uma reunião muito boa com a nossa bancada federal de deputados e senadores.”

Questionado sobre o sentimento ao retornar de Brasília, Topazio foi realista. “A gente tem que ser bastante realista. Sabemos que nem tudo a gente acaba conseguindo, mas não podemos perder o ímpeto do prefeito de trabalhar pelo seu município.”

A entrevista também abordou o episódio de vaias direcionadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante sua participação no evento. “Eu estava no palco na hora que isso aconteceu. Foi em dois momentos: no anúncio da presença do presidente e ao final da fala dele. Mas o presidente Lula é um homem experimentado, está no seu terceiro mandato. Sabe que isso faz parte do jogo democrático. Nem todo prefeito está satisfeito com a atuação do governo federal.”

Ricardo Stuckert/P

Topazio comentou ainda sobre a polarização presente no país e a preocupação com a concentração de recursos trazida pela reforma tributária. “O país está polarizado. Há pessoas à direita, outras à esquerda. A centralização dos recursos que vai acontecer agora, por conta da reforma tributária, é muito grande. Os municípios vão deixar de ter autonomia sobre sua arrecadação e dependerão de um conselho em nível nacional que vai dizer quanto cada cidade vai receber. É natural que os prefeitos fiquem preocupados e manifestem sua insatisfação.”

A Marcha dos Prefeitos é promovida anualmente pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) e é considerada o maior evento municipalista da América Latina. A edição de 2025 reforçou o papel das cidades na construção de políticas públicas e o esforço contínuo dos gestores locais para garantir avanços, mesmo diante de cenários desafiadores. “A vida acontece nos municípios. É lá que a política pública é implementada e onde o cidadão vive o dia a dia. A Marcha nos lembra disso e nos dá voz.”

FECAM entrega carta com prioridades municipalistas ao Fórum Parlamentar Catarinense

A Federação de Consórcios, Associações de Municípios e Municípios de Santa Catarina (FECAM) entregou ao Fórum Parlamentar Catarinense uma carta com as principais demandas dos 295 municípios do estado. O documento foi apresentado durante reunião com deputados federais e senadores em Brasília, durante a Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, realizada entre os dias 19 e 22 de maio.

A carta reúne propostas construídas a partir das contribuições de prefeituras, associações e consórcios públicos, com foco em áreas como educação, saúde, assistência social e previdência. Parte das medidas já tramita no Congresso Nacional; outras ainda precisam ser protocoladas oficialmente.

Entre os pontos de destaque do documento estão:

  • PEC 66/2023: propõe o parcelamento da dívida previdenciária e dos precatórios, além de estender a reforma da Previdência da União aos regimes próprios dos municípios;
  • PEC 25/2022: prevê o repasse adicional de 1,5% ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM) no mês de março;
  • PEC 383/2017: assegura repasses mínimos de 1% da receita corrente líquida para o Sistema Único de Assistência Social (SUAS);
  • PL 1750/2024: permite o envio de recursos federais a municípios negativados no CAUC, desde que estejam em situação de emergência ou calamidade;
  • PEC da Merenda Escolar: de autoria catarinense, autoriza a inclusão dos gastos com alimentação escolar no percentual mínimo de 25% destinados à educação.

A FECAM também destacou três emendas à PEC 66/2023, apresentadas por parlamentares catarinenses. As propostas visam substituir o indexador da dívida previdenciária da Selic para o IPCA + 4%, criar uma transição mais justa no pagamento de precatórios e garantir a extensão automática da reforma da Previdência aos municípios.

Além das pautas já em andamento, a FECAM sugeriu a construção de uma nova agenda conjunta com a Frente Parlamentar Catarinense. Os temas incluem ações voltadas à população em situação de rua e a revisão dos tetos de financiamento do SUS, especialmente para os serviços de média e alta complexidade.

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“Não basta o discurso bonito, é preciso transformar em prática o cuidado com as mulheres”, diz cofundadora do Instituto Maria da Penha

Por Rádio Guarujá23/05/2025 14h42
Foto/Redação

A cofundadora e vice-presidente do Instituto Maria da Penha, Regina Célia Almeida Barbosa, esteve em Orleans, nesta quinta-feira (22), para conduzir a palestra “Direito, Justiça e Cidadania para as Mulheres: Barreiras e Acesso”, no Centro de Vivências do Unibave. O evento reuniu estudantes, professores, lideranças religiosas e membros da comunidade, em um encontro marcado por reflexões profundas sobre o enfrentamento à violência contra a mulher no Brasil.

Em entrevista ao Jornal da Guarujá na manhã desta sexta-feira, 23,  Regina ressaltou a importância do envolvimento coletivo com o tema. “Ontem nós tivemos uma palestra maravilhosa. A presença das pessoas com relação às questões da cidadania e do direito das mulheres foi algo entusiasmante. Fiquei muito contente com o interesse de estudantes, professores e da própria universidade em saber como apoiar e como ajudar a diminuir a violência contra a mulher e promover mais cidadania e direito para todas e todos”, afirmou.

19 anos da Lei Maria da Penha: avanços e resistência cultural

Regina destacou que, apesar da existência da Lei Maria da Penha — que completará 19 anos em agosto —, o Brasil ainda convive com uma cultura que normaliza a violência contra mulheres. “São 19 anos da Lei Maria da Penha enfrentando mais de 500 anos de uma cultura de banalização e naturalização da violência contra a mulher. E essa violência não atinge só a mulher, é uma violência que atinge toda a família. Onde está a violência, existe ausência de amor, ausência de afeto, ausência de cuidado”, afirmou.

Para ela, é necessário humanizar as políticas públicas e as instituições. “Precisamos evoluir no sentido de humanizar nossas técnicas, humanizar nossas compreensões, humanizar as metodologias e trazer mais verdade na prática dos discursos que a gente tanto profere sobre amor, cuidado e família. O discurso de fora para fora é muito bonito, mas quando tem que se materializar para dentro, ele é muito ausente”, completou.

Subnotificação e violência institucional

A ativista alertou para o alto número de casos de violência que não chegam às autoridades, fenômeno conhecido como subnotificação. “Essa subnotificação ocorre no silêncio da mulher em situação de violência. Muitas vezes, ela vai até uma unidade de saúde e ouve do profissional: ‘A senhora aqui de novo, né?’. Isso impede que essa mulher prossiga na busca de ajuda. Além disso, pessoas próximas ainda reforçam frases como ‘ruim com ele, pior sem ele’, ou ‘em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher’. Ainda que isso não se fale mais em público, continua sendo reproduzido no ambiente íntimo, no convívio familiar e comunitário”, criticou.

Segundo Regina, o sistema ainda carece de estrutura e profissionais preparados: “Temos mais de 5.500 municípios no Brasil e menos de 500 delegacias especializadas no atendimento à mulher. Os equipamentos estão lá, mas nem sempre os profissionais estão qualificados para que essa mulher prossiga no processo de pedido de ajuda. O poder público precisa se qualificar melhor para isso.”

Ela reforçou que a denúncia é uma decisão da vítima, mas o acolhimento deve ser garantido em qualquer circunstância. “Quem decide se vai denunciar ou não é a mulher. Mas isso não impede que essa mulher seja cercada de cuidados”, pontuou.

Políticas públicas integradas: exemplo de Criciúma

Durante a entrevista, Regina elogiou uma proposta do vereador Obadias da Silva, de Criciúma, que visa garantir vagas em escolas próximas às novas moradias de mulheres que precisaram deixar seus lares por conta da violência. “Essa mulher morava na comunidade X, sofreu violência, foi para a casa dos pais, mas a escola próxima à nova residência não garante vaga. Então ela é obrigada a levar os filhos para perto do agressor. Essa medida simples já ajuda muito”, comentou.

Ela destacou que iniciativas como essa consolidam o artigo 8º da Lei Maria da Penha, que trata da construção de políticas públicas integradas. “Você está minimizando o impacto da violência na vida dos filhos. Temos hoje jovens com a mesma idade da Lei Maria da Penha, mas que ainda vivem sob o guarda-chuva da violência. Eles não foram beneficiados ainda pela lei no que diz respeito a respeito, cuidado, assistência psicológica.”

Violência e bullying no ambiente escolar

A defensora dos direitos humanos também apontou que, quando a escola não está preparada para lidar com o contexto de violência familiar, pode haver revitimização das crianças. “Se a escola não tem preparo, o que acontece é bullying. E o bullying é você identificar a vulnerabilidade da pessoa e atacar. ‘Sua mãe não tem marido?’, ‘O que foi que a sua mãe fez para o seu pai bater nela?’. Isso ocorre nas escolas, e essas crianças acabam evadindo por se sentirem expostas.”

O papel das igrejas: entre o perdão e a responsabilidade

Questionada sobre a atuação das igrejas no acolhimento às vítimas, Regina foi enfática ao defender que líderes religiosos precisam assumir responsabilidade diante dos casos de violência. “O perdão é individual. O crime precisa ser apurado e investigado. Padres e pastores que ocultam essas situações são cúmplices. A responsabilidade é de todos.”

Ela criticou também a forma como algumas igrejas tratam conflitos familiares. “Algumas fazem jantares, finais de semana em hotéis, encontros de casais com troca de flores e cartas de perdão. Mas trinta dias depois, tudo é rasgado. Quando o time perde, tudo volta. E os líderes sabem, mas se omitem. O templo está sendo defraudado”, disse.

Segundo Regina, é papel das igrejas promover conhecimento desde o namoro: “Vamos falar sobre a Lei Maria da Penha, o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Estatuto do Idoso. O casamento não é só amor, é também responsabilidade.”

Projeto com a Primeira Igreja Batista de Orleans

A vinda de Regina Célia a Orleans foi fruto de uma parceria com a Primeira Igreja Batista, que percebeu o aumento da procura por ajuda por parte de mulheres em situação de violência. “Ainda que orassem, que fizessem vigília, os membros entenderam que precisavam de preparo. Fui convidada e iniciamos um processo de mentoria com a liderança da igreja, homens e mulheres, com encontros a cada 15 dias. Hoje, esse projeto é um case de sucesso que eu levo para outras igrejas e instituições”, relatou.

Além da palestra no Unibave, Regina Célia permanece na cidade para mais atividades. Nesta sexta-feira (23), ela participa de uma reunião com membros da Igreja Batista. No sábado, haverá um encontro voltado às mulheres, e no domingo (25), às 19h, ela falará no culto aberto ao público, também na Igreja Batista, localizada na Praça Central de Orleans.

“Prevenir é melhor do que agir apenas na urgência. A prevenção salva vidas e constrói confiança e credibilidade. E é isso que estamos fazendo aqui em Orleans”, concluiu.

Confira entrevista completa

https://www.youtube.com/watch?v=gaCmWDLkCiU

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