O presidente do MDB de Santa Catarina, Valdir Cobalchini, está realizando uma visita à região Sul do Estado nesta semana, acompanhado pelo deputado estadual Tiago Zilli. O objetivo da visita é fortalecer a presença do partido na região e preparar estratégias para as eleições municipais de 2024.

Na terça-feira, 23, Cobalchini e Zilli visitaram diversos municípios, incluindo Criciúma, Urussanga e Cocal do Sul, onde encontraram lideranças locais e discutiram os planos do partido. Em Orleans, uma reunião com lideranças do MDB foi conduzida, e o presidente Cobalchini também se encontrou com Ronaldo Benedetti, enquanto Tiago Zilli seguiu para outros compromissos na região.

Em entrevista ao Jornal da Guarujá, Tiago Zilli comentou sobre a importância da visita e os desafios enfrentados pelo MDB. “O MDB está passando por um processo de reestruturação significativo. Estamos trabalhando para fortalecer nossa presença em cada município e garantir que nossos candidatos estejam bem preparados e comprometidos”, afirmou o deputado.

Zilli destacou que o partido tem enfrentado desafios, especialmente em cidades como Criciúma, onde o MDB perdeu influência nos últimos anos. No entanto, ele acredita que o partido está no caminho certo para reverter essa situação. “Estamos fazendo um trabalho intenso com nossos candidatos e lideranças locais. O MDB tem um histórico forte e queremos retomar nossa posição de destaque.”

O deputado também abordou a situação política em Cocal do Sul, onde o prefeito afastado Fernando de Fáveri está enfrentando questões legais. “O Fernando tem um trabalho significativo em Cocal do Sul e merece a oportunidade de se defender. O MDB está apoiando o prefeito e continuará a acompanhar a situação de perto”, afirmou Zilli.

Sobre a campanha em Orleans, o deputado ressaltou a importância de manter acordos com parceiros locais, como o PSDB, e reiterou o compromisso do MDB com o desenvolvimento da cidade. “Estamos apoiando a continuidade de investimentos e fortalecendo a parceria com o PSDB em Orleans”, disse.

Ao final da entrevista, o deputado estadual abordou a questão da duplicação da SC-108, um projeto essencial para a região Sul. Ele afirmou que o MDB está empenhado em pressionar o governo para que a obra não seja paralisada. “A SC-108 é vital para nossa região. Vamos continuar lutando para garantir que a obra seja concluída e que a região Sul não seja prejudicada”, concluiu.

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Na noite dessa segunda-feira, 22, a coligação formada pelos partidos Progressistas (PP) e Social Democrático (PSD) oficializou o pré-candidato a vice-prefeito para a eleição deste ano. A escolha recaiu sobre Jacinto Redivo, conhecido como Tinto, ex-prefeito de Orleans, que aceitou a posição ao lado de Fernando Cruzeta, indicado pelo PP para a candidatura a prefeito.

A confirmação de Tinto como pré-candidato a vice-prefeito vem após um período de negociações intensas e uma série de ajustes na coligação. A escolha ocorreu durante uma reunião que selou a aliança entre o PP e o PSD. Tinto, que já exerceu o cargo de prefeito de Orleans de 2009 a 2012 e de vice-prefeito de 2005 a 2008, viu seu nome ser escolhido após uma situação jurídica que impediu o candidato Lucas Librelato, de concorrer.

“É verdade que nós já discutimos a formação desta coligação há bastante tempo”, confirmou Tinto em entrevista. “E ontem, em uma reunião com as lideranças dos dois partidos, foi decidido que meu nome seria o escolhido para concorrer à vaga de vice-prefeito, na chapa com Fernando Cruzetta como candidato a prefeito”.

Em relação ao novo desafio, Tinto demonstrou um otimismo cauteloso. “É um desafio, mas temos bastante experiência para enfrentar isso”, disse. Ele destacou seu histórico político, que inclui não só o tempo como prefeito e vice-prefeito, mas também sua atuação no governo federal e na Assembleia Legislativa do Estado. “Não é o Fernando, nem eu, mas o grupo PP e PSD que vai administrar Orleans”, afirmou, enfatizando a importância da colaboração e do trabalho em equipe para o sucesso da administração municipal.

Tinto também abordou a necessidade de atrair novas empresas e investimentos para Orleans, buscando gerar desenvolvimento e segurança para a juventude. “Precisamos de uma visão para o futuro, principalmente para a nossa juventude. O Fernando, sendo uma pessoa jovem e experiente, traz essa visão para a nossa chapa”, comentou.

Possíveis alianças

Durante a entrevista, Tinto comentou sobre as especulações de possíveis alianças e as movimentações políticas em torno das eleições.  Mário Coan, pré-candidato pelo PSDB em coligação com o MDB, havia demonstrado interesse em que o PP e o PSD se juntassem à sua aliança. Tinto, no entanto, considerou essa possibilidade remota, dada a configuração atual das coligações.

“Eu vejo como remota a possibilidade de o PSD se unir à coligação PSDB e MDB”, disse Tinto. Ele também mencionou que a convenção do PSD está marcada para o dia 3 de agosto, com a intenção de buscar novos parceiros e fortalecer a aliança existente. “Vamos buscar novas lideranças e partidos para fortalecer nossa coligação. A política é dinâmica, e estamos abertos a novas possibilidades”, acrescentou.

Além disso, Tinto mencionou que há conversas em andamento com outros partidos, como o PL de Gelson Padilha e o Novo de Joel Niero, para possíveis alianças. “Estamos abertos a novas possibilidades e conversas. A política é dinâmica, e queremos garantir uma chapa forte e coesa.”

Em relação ao futuro da cidade, Tinto enfatizou a importância de uma renovação com experiência. “Queremos uma revolução em Orleans, trazendo mais segurança e desenvolvimento. Vamos contar com a experiência do Fernando e a nossa para alcançar esses objetivos”, disse.

Ele também falou sobre a importância de respeitar o trabalho das pessoas e garantir dignidade aos funcionários públicos. “Vamos trabalhar para que a nossa administração seja respeitosa e digna, tanto para os funcionários quanto para a população em geral”, afirmou.

A coligação PP-PSD busca se consolidar como uma força forte nas eleições deste ano, com a experiência de Tinto e a juventude e visão de Fernando Cruzetta. A chapa enfrenta um cenário político competitivo e dinâmico, com possíveis surpresas e mudanças até o fechamento das coligações.

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Cerca de um mês e meio após a entrega da ordem de serviço para o reinício das obras da SC-108, no trecho que liga Criciúma a Urussanga, os trabalhos avançaram pouco. Essa é a conclusão de uma comitiva formada por vereadores de Criciúma, Cocal do Sul e Urussanga, que se reuniu na manhã da última quinta-feira, 18 de julho, com a SETEP, empresa responsável pela execução da obra. A falta de desapropriações, licenças ambientais e repasse de recursos está travando o progresso dos trabalhos da empreiteira.

A SC-108 é considerada uma via estratégica, com orçamento de R$ 262 milhões e previsão inicial de conclusão para abril de 2026. No entanto, o vereador Zairo Casagrande, de Criciúma, em entrevista ao Jornal da Guarujá, na manhã desta terça-feira, 23,  mostrou-se pessimista quanto ao cumprimento desse prazo. “É ficção acreditar que a SC-108 estará pronta até 2026. Com o ritmo atual, essa obra não vai acontecer se não houver um movimento de pressão muito grande”, afirmou Casagrande. Percorremos a pé a Via Rápida diversas vezes, e vamos fazer o mesmo com a SC-108. Dia 5 de agosto, faremos uma vistoria a pé com vereadores de Urussanga, Cocal e Criciúma para elaborar um relatório sobre o estágio real da obra”, afirmou Casagrande.

Durante a reunião com a SETEP, foi constatada a necessidade urgente de desapropriações em Cocal do Sul, onde se encontram terrenos com material essencial para a base e sub-base da estrada. “Essa obra começou teoricamente em 8 de setembro de 2022. Esses problemas já deveriam ter sido resolvidos. A estrada está toda esburacada e perigosa, sem acostamento e com desníveis que podem causar acidentes graves, especialmente à noite e em períodos de chuva”, alertou o vereador.

Outro ponto crítico destacado por Casagrande é a escassez de recursos. “Os vereadores do PL de Cocal se reuniram com o governador, mas não há sinalização de liberação de dinheiro. Foi prometido que em dois anos seriam liberados R$ 60 milhões, mas até agora a empresa recebeu apenas 1,4% do valor orçado. Sem essas desapropriações, a obra vai parar, e não sabemos quais são os critérios para a distribuição dos recursos do programa Estrada Boa”, disse ele.

A SC-108 faz parte do programa Estrada Boa do governo estadual, que inclui 60 obras e impacta 200 municípios. No entanto, Casagrande enfatizou a desproporção dos recursos alocados para a obra em relação ao número de eleitores diretamente beneficiados. “Somando Criciúma, Cocal do Sul e Urussanga, temos 187.200 eleitores, apenas 3,3% dos eleitores de Santa Catarina. Na geopolítica, nunca existiu um aporte de recursos desse tamanho para municípios com essa quantidade de eleitores”, observou.

Ainda durante a entrevista, Casagrande fez um apelo  os vereadores de Orleans para se unirem ao movimento destacando a importância regional da SC-108. “É um interesse regional que fala mais alto que uma simples eleição. Precisamos mostrar que, apesar do ano eleitoral, é possível trabalhar em prol do desenvolvimento da região”, concluiu.

A SC-108, que deveria melhorar a conexão entre o litoral e a serra catarinense, enfrenta um futuro incerto, com desafios que vão além dos problemas técnicos e financeiros, exigindo um esforço conjunto das lideranças políticas locais para sua viabilização.

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