Em uma decisão que reflete a posição do estado em relação a novas imposições tributárias, Santa Catarina anunciou que não irá aderir ao convênio do governo federal que estabelece a inclusão do Seguro de Proteção às Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT) na cobrança do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Criado em maio de 2024, o SPVAT será uma taxa obrigatória, estimada em cerca de R$ 60 ao ano, que deverá ser paga por proprietários de automóveis e motocicletas.

O presidente do Detran/SC, Kennedy Nunes, conversou com o Jornal da Guarujá e ressaltou a complexidade da cobrança do SPVAT sob as novas diretrizes estipuladas pelo governo federal. “A nova normativa diz que a taxa deve ser paga em cota única em janeiro, complicando a situação para muitos motoristas que têm práticas diferentes de pagamento no estado”, explicou Nunes.

Tradicionalmente, os proprietários de veículos em Santa Catarina costumam pagar o IPVA em diferentes meses do ano, de acordo com o final da placa do veículo. Com a nova exigência, muitos se verão obrigados a antecipar despesas que não estavam previstas para o início do ano, um momento já marcado por outros custos, como IPTU e despesas de festas de fim de ano.

Nunes destacou a dificuldade de incluir o SPVAT na mesma fatura do IPVA ou do licenciamento, argumentando que “não é possível fazer essa cobrança sem uma clara especificação de que se trata de um imposto federal”. Ele criticou o que chamou de “estratégias do governo federal” em sobrecarregar os cidadãos, que poderão ter que reservar entre R$ 60 e R$ 100 apenas para o novo tributo em janeiro.

Até o momento, apenas os estados de Sergipe e Espírito Santo aderiram ao convênio, em parte devido à sua prática de cobrança em janeiro, o que torna a inclusão do SPVAT mais viável. Nunes mencionou que outros estados ainda não se manifestaram favoravelmente, revelando um descontentamento generalizado com a alta carga tributária.

A entrevista também abordou uma nova iniciativa do Detran/SC: o “Catarina Detran”, um atendimento via WhatsApp que visa facilitar a comunicação com os cidadãos. Nunes explicou que o serviço está disponível 24 horas por dia, permitindo consultas sobre débitos, habilitação e situação dos veículos. “O Catarina Detran é uma forma de modernizar o atendimento, oferecendo aos usuários a possibilidade de resolverem suas questões de forma prática e rápida”, destacou. Os usuários podem salvar o número 48 3664 1800 e interagir com o serviço para esclarecer dúvidas ou resolver pendências.

Por fim, o presidente do Detran/SC ponderou sobre a insatisfação dos cidadãos e a possibilidade de um movimento em busca de uma reversão na decisão do governo federal: “O governo parece ansioso para arrecadar fundos, e não acredito que voltará atrás nessa imposição”. A expectativa agora recai sobre o que a Caixa Econômica Federal fará para implementar esse novo tributo, visto que a não quitação do SPVAT impedirá o licenciamento dos veículos. Assim, os catarinenses se veem diante de mais um desafio financeiro logo no início do ano, somando o SPVAT às já pesadas obrigações tributárias ocultadas sob a justificativa de proteção às vítimas de acidentes de trânsito.

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Laurinho Boeing, do MDB, foi eleito prefeito de Braço do Norte com 9.587 votos, conquistando 46,83% dos votos válidos. Na manhã desta quinta-feira, 17, ele participou do quadro “Bom Dia, Prefeito” e fez uma análise sobre a campanha eleitoral e os desafios que virão em sua gestão.

Ao ser questionado sobre a campanha, Laurinho descreveu o processo como uma verdadeira batalha, especialmente no início, quando decidiu se lançar como pré-candidato. “Eu tive bastante resistência desde o primeiro momento. Eu não tinha esse objetivo inicialmente, e as pessoas começaram a conversar comigo, dizendo que eu deveria colocar o nome à disposição, que eu poderia fazer a diferença pelo nosso município.” Ele também comentou sobre o impacto da política em sua vida pessoal e profissional, já que é advogado e atua em um escritório com outros sete profissionais. Além disso, Laurinho tem experiência como professor universitário, onde coordenou o curso de Direito por quase 10 anos. “Deixar a vida privada de lado para disputar uma eleição é uma mudança radical, não só para mim, mas para minha família.”

Ele ressaltou que um dos maiores desafios durante a campanha foi tornar seu nome conhecido. “Mais de 50% da população nunca tinha ouvido falar do Laurinho. Então, meu maior desafio era ser reconhecido. As pesquisas mostravam que quem me conhecia falava só de coisas positivas, então nosso trabalho foi crescer o nome desde a pré-campanha.”

Embora já tivesse esperança de vencer, a diferença expressiva de votos foi surpreendente. Ele destacou que vencer em uma eleição com quatro candidatos, incluindo um apoiado pelo atual prefeito, foi um feito significativo. “Nós éramos oposição, e vencer com 46,83% dos votos em uma eleição com quatro candidatos, sendo um deles apoiado pelo atual prefeito, foi uma grande vitória. A gente já imaginava que seríamos vencedores, mas não com uma diferença tão grande. Isso só aumenta a responsabilidade. Saber que Braço do Norte quis mudança e acreditou no nosso projeto foi uma grande vitória, ainda mais em uma disputa com quatro candidatos.” Laurinho acrescentou que vencer o candidato apoiado pelo prefeito foi um feito importante, já que o gestor tinha uma avaliação positiva. “Foi difícil, porque o prefeito vinha com uma boa avaliação, mas graças a Deus conseguimos uma votação expressiva.”

Agora, com a eleição concluída, o prefeito eleito está focado no desafio de transformar seu plano de governo em realidade. “Esse é o maior desafio agora: montar uma boa equipe. Desde o começo, falei que teria uma gestão participativa. Gosto de ouvir as pessoas, a sociedade civil, porque, quando a gente toma uma decisão com o apoio da comunidade, a chance de acerto é muito maior.” Laurinho também comentou que não tem compromissos prévios com nomes para as secretarias, o que lhe dá liberdade para escolher os melhores profissionais. “Isso me dá uma leveza para montar uma equipe boa, técnica.”

O prefeito eleito também elogiou a postura do atual prefeito, que ofereceu apoio para uma transição tranquila. “Logo após o período eleitoral, o prefeito Beto já me mandou uma mensagem, parabenizando e colocando a equipe à disposição para uma transição pacífica e tranquila. Isso é importante para que possamos começar a gestão já acelerada a partir de 1º de janeiro.” Ele reforçou que a lei municipal que regulamenta a transição de governo facilita esse processo.

“Se não entrarmos com o pé no acelerador, quatro anos passam rápido e acaba não se fazendo praticamente nada.” Ele afirmou que seu objetivo é iniciar o trabalho com uma equipe eficiente para garantir a execução de seu plano de governo. “Estamos conversando com várias lideranças para ajudar a fazer uma grande gestão.”

Sobre a estrutura administrativa, Laurinho afirmou que não pretende aumentar o número de secretarias. “Hoje, o município tem sete secretarias e não há necessidade de aumentar. Braço do Norte é o terceiro município que mais arrecada na região da Amurel, com um orçamento de cerca de 200 milhões de reais por ano.” Ele também destacou o crescimento do município. “Braço do Norte tem crescido muito, com pessoas vindo de várias regiões do Brasil. É um município com potencial enorme, e nossa gestão vai trabalhar para continuar esse crescimento.”

Por fim, Laurinho reforçou sua visão de uma gestão participativa, que envolve a população nas decisões e busca fazer uma administração eficiente e transparente. “Quero fazer uma gestão em que as pessoas se sintam ouvidas e que possamos, juntos, tomar as melhores decisões para Braço do Norte. Esse é o compromisso que assumi durante a campanha e que vou levar para a prefeitura.”

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Helio Alberton Junior, mais conhecido como Helinho, do Partido Progressista (PP), foi reeleito prefeito de Grão-Pará com 65,19% dos votos válidos. Esta vitória expressiva, a maior da história do município, consolidou seu lugar como o primeiro prefeito reeleito na cidade. Helinho participou na manhã desta quarta-feira, 16, do quadro “Bom Dia, Prefeito”, onde falou sobre essa conquista e as responsabilidades que vêm com ela.

Durante a entrevista, Helinho destacou a importância de sua reeleição: “É um misto de alegria e responsabilidade. Ser o primeiro prefeito reeleito de Grão-Pará e com a maior votação da história do município é uma grande conquista.” O prefeito mencionou que esperava uma vitória, mas a diferença de 1.580 votos surpreendeu até mesmo sua equipe: “Nas pesquisas, esperávamos cerca de mil votos de diferença, mas essa margem tão grande foi inesperada, principalmente em um município onde as disputas eleitorais costumam ser acirradas.”

Com um novo mandato à frente, Helinho enfatizou que não será necessária uma transição de governo, já que ele mesmo dará continuidade ao trabalho que vem sendo realizado. Ele explicou que sua equipe já está comprometida com a implementação do plano de governo “Compromisso com o Futuro”, com mais de 60% das metas para o próximo mandato já organizadas. “Nosso foco será manter a responsabilidade e seguir elevando o patamar do município, sempre buscando qualidade de vida e a felicidade da nossa população”, afirmou.

Entre as prioridades do novo mandato, Helinho citou a construção de uma escola de educação fundamental e uma creche, destacando a necessidade de resolver a defasagem de vagas escolares. A continuidade das pavimentações no interior e a criação de um centro de hidroterapia e fisioterapia também estão entre os principais projetos. “Tivemos que reprogramar algumas metas devido às chuvas que afetaram a região, mas estamos focados em fazer com que esses pilares centrais avancem nos próximos quatro anos”, explicou.

Helinho também abordou questões relacionadas ao turismo, em especial a pavimentação da Serra do Corvo Branco. Ele afirmou que a obra está em andamento, mas avançando lentamente. O prefeito destacou a importância de concluir essa obra e melhorar as condições das rodovias SC 370 e SC 390, que conectam a região, para garantir a segurança dos visitantes e impulsionar o turismo local.

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No quadro “Bom Dia, Prefeito” do Jornal da Guarujá, Ademir Magagnin, do PP, foi entrevistado após ser eleito prefeito de Cocal do Sul. Ele obteve 5.991 votos, o que representa 53,03% dos votos válidos, e retorna ao comando da cidade após quatro anos afastado do cargo. Magagnin já havia governado Cocal do Sul entre 2013 e 2020 e foi reconduzido pela população. “Acredito que o eleitor cocalense aprovou os meus oito anos de gestão e viu em mim a confiança para voltar a administrar a cidade”, afirmou.

Durante a entrevista, o prefeito eleito comentou sobre o contato direto com a população durante a campanha e destacou a recepção positiva que encontrou nos bairros e comunidades. “Eu visitei todas as famílias de Cocal do Sul, andei em todos os bairros, no interior, e o que mais me chamou a atenção foi a lembrança positiva que tinham dos meus oito anos de governo. O eleitor expressava muita confiança em mim e na minha vice, Nega”, explicou Magagnin. Ele atribuiu essa confiança como um dos fatores decisivos para sua vitória.

Magagnin também foi questionado sobre a situação política do município, que envolveu a prisão do prefeito Fernando de Fáveri. “A situação envolvendo o prefeito atual pode ter influenciado, mas o que pesou mesmo foi o trabalho que fiz nos meus oito anos de governo. Se o meu governo tivesse sido ruim, os eleitores não teriam demonstrado essa confiança em mim”, afirmou.

Quanto à transição de governo, o prefeito eleito informou que, até o momento da entrevista, ainda não havia sido solicitada pelo prefeito atual, mas que está preparado para esse processo. “Ainda é cedo, estamos a duas semanas da eleição. Mas nós já temos uma equipe organizada. Se o prefeito atual solicitar, estamos preparados para começar a transição. Mas não estou preocupado com isso, pois estou bem organizado para assumir no dia 1º de janeiro”, esclareceu Magagnin.

Ao ser perguntado sobre as suas prioridades para o novo mandato, o prefeito eleito reafirmou seu compromisso com o planejamento e a eficiência administrativa. “Para tirar os projetos do papel, é preciso trabalhar. Cocal do Sul já conhece o meu perfil de governo: é técnico, enxuto, com poucas secretarias e secretários técnicos, não políticos. Esse modelo deu certo antes e vamos continuar administrando assim”, afirmou. Ele também destacou a importância de ter uma gestão bem planejada, especialmente diante dos desafios financeiros que os municípios enfrentam. “Cada vez é mais complicado buscar recursos, por isso o planejamento é fundamental. Mas confio na boa receita de Cocal do Sul, que é um município tipicamente industrial. Temos grandes contribuições, como a da Cerâmica Eliane, e nossas áreas industriais, que hoje empregam mais de mil pessoas”, complementou.

Magagnin relembrou ainda conquistas do seu mandato anterior, como a atração de empresas para a cidade. “Eu fui o prefeito que mais trouxe empresas para Cocal do Sul. Deixamos o Setor 2 da área industrial com mais de 700 funcionários, um aumento significativo comparado aos menos de 150 que havia antes. Isso contribuiu muito para o desenvolvimento do município e o aumento da nossa receita, que hoje está refletido no índice do ICMS”, destacou.

Em relação às grandes obras que o município necessita, como a duplicação da SC-108, a SC-442 e o contorno viário de Cocal do Sul, Magagnin garantiu que está articulando com os vereadores da região e o governo estadual. “Essas são obras vitais para o desenvolvimento de Cocal. Já estamos organizando uma viagem para Florianópolis com vereadores de Criciúma, Cocal, Urussanga e Morro da Fumaça para cobrar da Secretaria de Infraestrutura o cronograma da duplicação e do contorno viário. Essa obra começou, parou, e precisa de um cronograma claro para avançar. A falta de um planejamento adequado é o que tem atrasado tudo.”

Outro ponto mencionado foi a composição da Câmara de Vereadores, onde sua coligação elegeu quatro vereadores, enquanto a oposição ficou com cinco. Magagnin, no entanto, não demonstrou preocupação com essa diferença. “Nos meus oito anos anteriores de governo, nunca trabalhei com maioria na Câmara, mas sempre com diálogo e valorizando os vereadores. Nunca mandei projetos sem antes discutir e planejar junto com eles, e acredito que será assim novamente. Os vereadores que se elegeram são comprometidos com o desenvolvimento da cidade”, afirmou.

Para concluir, Magagnin destacou que, apesar das dificuldades que possa encontrar na transição e na situação financeira da Prefeitura, sua equipe está preparada para enfrentar os desafios. “Nossa forma de administrar sempre foi baseada em planejamento e no uso eficiente dos recursos. Vamos começar a trabalhar desde o primeiro dia para que o dinheiro público seja bem aplicado e possamos entregar o que prometemos à população de Cocal do Sul”, finalizou.

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