Nos dias 14 a 17 de julho, a Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) sediará o XIV Congresso Brasileiro de Etnobiologia e Etnoecologia, sob o tema “Diversidade Biocultural: Aquilombar, Aldear e Reflorestar a Vida”. O evento, organizado pela Comissão Organizadora, liderada pelo presidente Carlyle Torres Bezerra de Menezes, reunirá especialistas e interessados no estudo da relação entre as comunidades tradicionais e o meio ambiente.

Em uma entrevista ao Jornal da Guarujá, o presidente da comissão explicou a natureza do evento e os temas em discussão. Segundo Menezes, “o congresso visa estabelecer uma ponte entre o conhecimento acadêmico e o saber das comunidades tradicionais, incluindo povos indígenas, quilombolas, e pescadores artesanais, entre outros. A troca de experiências busca promover a conservação dos recursos naturais e o desenvolvimento de uma economia sustentável.”

Ao longo dos quatro dias do congresso, serão oferecidos minicursos, conferências, mesas redondas e lançamentos de livros. Destaque para a conferência de abertura, que abordará a valorização da cultura e riqueza dos povos tradicionais e sua contribuição para a conservação da biodiversidade. Menezes ressalta que “é importante trazer à tona o conhecimento ancestral dessas comunidades, que muitas vezes é subestimado. Eles têm muito a nos ensinar sobre práticas de preservação ambiental.”

Durante o congresso, serão discutidos temas como mudanças climáticas, agricultura familiar, segurança alimentar e práticas de preservação ambiental. “Estamos enfrentando desafios urgentes em relação ao meio ambiente, e precisamos aprender com essas comunidades como viver de maneira mais sustentável”, afirma Menezes.

As inscrições para o evento já estão abertas e podem ser feitas através deste link. Menezes destaca que “há descontos especiais para estudantes e representantes de comunidades tradicionais, pois queremos garantir que todos tenham acesso a esse conhecimento valioso.”

O congresso encerrará com uma atividade de campo, no dia 18, com visitas a uma aldeia Guarani, uma comunidade quilombola e uma comunidade de pescadores artesanais. “Essa é uma oportunidade  de conhecer de perto as práticas sustentáveis dessas comunidades e aprender com elas”, conclui Menezes.

O congresso busca promover o diálogo e o compartilhamento de saberes, visando conscientizar sobre a importância da conservação da natureza e o desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis. A programação completa pode ser vista aqui.

Confira entrevista completa: