The Beatles + Queen = IA. Por Max Everson
As criações envolvendo o uso de inteligência artificial (IA) na música ganham a cada dia um novo capítulo. Na semana passada, os fãs do Queen movimentaram as discussões no Twitter com um áudio que mostrou a recriação da voz de Freddie Mercury na canção “Yesterday”, dos Beatles. Pouco antes, a voz de Paul McCartney, dos Beatles, havia sido utilizada numa nova versão de “Bohemian Rhapsody”, do Queen.
Essa grande polêmica envolvendo músicas geradas por ferramentas de inteligência artificial, com vozes de artistas consagrados, está longe de chegar ao fim e trazer à tona uma importante discussão em torno de questões como direitos autorais e autenticidade. Mas é fato que essa tecnologia já está integrada no meio das produções musicais.
A música gerada por IA não é mais uma ideia absurda, mas uma realidade que já está sendo explorada por artistas e produtores”, pontua.
Mas, enquanto a tecnologia avança, ainda há coisas que a IA não é capaz de imitar. Um exemplo disso é a técnica do lendário produtor musical J. Dilla, que subvertia o sequenciador eletrônico para criar beats “defeituosos”. Ao programar a máquina para errar os andamentos de forma irregular, Dilla criava uma sonoridade única, diferente da precisão das baterias eletrônicas.
Na versão de “Bohemian Rahapsody”, por exemplo, a IA não foi capaz de reproduzir a parte mais artística que há na canção, a sua ópera. São sutilezas humanas que a tecnologia ainda não integrou. Pelo menos por enquanto.
The Beatles – Bohemian Rhapsody
Queen/Freddie Mercury – Yesterday