Oposição confirma Dovagner Baschirotto para a disputa pela presidência da Câmara de Orleans
A eleição da mesa diretora da Câmara de Vereadores de Orleans está marcada para o dia 15 de dezembro, durante a última sessão ordinária do ano. Até o momento, duas chapas vão concorrer: a da base e a da oposição. Pelo bloco adversário, foi confirmado o nome do vereador Dovagner Baschirotto (MDB) à presidência da Casa.
Em entrevista concedida na manhã desta segunda-feira (8) ao Jornal da Guarujá, Dovagner garantiu que a definição já está consolidada: “Sim, sim, já conversamos várias vezes com os vereadores do MDB e os vereadores do PSD, isso já está acordado. Desde o início sempre foi dito que teríamos chapa concorrendo à presidência”.
Sobre a possibilidade de concorrer para evitar a votação por aclamação ao candidato da situação (Murilo Hoffmann – Novo), ele disse que a postura é “concorrer com seriedade” e apostar em um processo transparente. “A nossa postura sempre foi assim, e a gente vai continuar mantendo e quem sabe, possamos ser eleitos presidente da casa”, afirmou.
Baschirotto reconheceu que 2025 foi um ano marcado por tensões no Legislativo. “Realmente a gente não esperava que teria um ano como teve. Mas eu, como vereador eleito, procuro cumprir meus deveres de fiscalizar, legislar e buscar recursos para o município. Temos discussões acaloradas, mas são pontos que precisam ser levantados”, avaliou.
Ele também disse que a oposição busca equilíbrio e responsabilidade. “A gente não é oposição ao município de Orleans. Somos oposição na política, mas queremos o melhor para o município”.
Polêmica com ocupação temporária da prefeitura: manobra política?
Um dos temas que mais chamaram atenção na entrevista envolve o fato de Joel Cavanholi (PL) ter assumido a prefeitura interinamente por oito dias, o que para oposição, funcionou como uma manobra para garantir o voto dele na Mesa Diretora. Dovagner disse que houve várias conversas com Cavanholi. “Conversamos por cinco vezes, não foi apenas uma conversa que tivemos, nós tivemos cinco conversas e ele demonstrava descontentamento com alguns pontos dentro da Câmara e nos bastidores era visível o descontentamento do presidente Joel Cavanholi, e o mesmo comentava e argumentava que não votaria no vereador Murilo Hoffmann”.
No entanto, após a troca temporária de cargos, o cenário teria mudado. Para Dovagner, a nomeação de Cavanholi a prefeito interino teria alterado os planos. “Depois da articulação política que aconteceu para que o presidente da Casa virasse prefeito por 8 dias, acredito que ficou mais difícil. Ficou escancarado que foi um acordo político para garantir o voto dele”.
Dovagner afirmou ainda que durante as conversas com o atual presidente da Casa, Joel Cavanholi expressou inclusive o desejo de continuar como presidente: “Ele pretendia novamente ser presidente da Casa”, afirmou, além de ter solicitado a presidência para a vereadora Jana Coan (PL) em uma das composições discutidas. As conversas, segundo ele, estavam bem estruturadas e prestes a serem fechadas. “Faltava só bater o martelo, o que aconteceria nos próximos dias.” Mas, com a ida de Joel ao comando do Executivo, Dovagner avalia que o acordo perdeu sentido: “A partir desse movimento, acredito que foi tudo por água abaixo”
Apesar da indefinição, Dovagner garantiu que vai até o fim da disputa e solicitará o apoio de cada um dos colegas: “Se tudo der certo, a gente pode ser presidente. Se não for, vida que segue. A gente vai continuar trabalhando pelo município. Nós não somos oposição ao município, mas à política neste momento”.
Confira entrevista completa
https://www.youtube.com/watch?v=9LD59paQdG8