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CNA/Senar vai à COP30 defender papel do agro brasileiro nas soluções climáticas e na segurança alimentar

Por Rádio Guarujá07/11/2025 13h14
Foto/Divulgação

O Sistema CNA/Senar anunciou que vai promover uma agenda extensa na COP30, em Belém, de 10 a 21 de novembro, com dias temáticos, debates, conteúdos técnicos, vídeos e divulgação de tecnologias sustentáveis aplicadas no campo. A Confederação afirma que o objetivo é “levar os fatos sobre a agropecuária tropical brasileira” e rebater críticas internacionais ao setor.

Em entrevista ao Jornal da Guarujá nesta sexta-feira, o coordenador de Sustentabilidade da CNA, Nelson Ananias, afirmou que a comitiva vai ao evento com confiança.

“A missão é importantíssima, mas vamos muito à vontade para essa COP, porque não existe setor agropecuário mais eficiente, mais produtivo e mais sustentável do que o setor agropecuário, a agricultura tropical que o Brasil desenvolveu nos últimos anos”, disse.

Segundo ele, o Brasil “recebe diversas acusações porque foi muito eficiente”, mas está preparado para defender o modelo nacional, que, de acordo com a CNA, reúne segurança alimentar, climática e energética.

“Vamos mostrar que o Brasil é uma grande opção de segurança alimentar, segurança climática e segurança energética.”

Questionado sobre ataques recentes de lideranças internacionais, como o presidente francês Emmanuel Macron, e a publicação do ator Leonardo DiCaprio pedindo “socorro ao Brasil” por causa do avanço do desmatamento, Ananias respondeu que as narrativas “não se fundamentam cientificamente”.

“A ilegalidade precisa ser combatida. Ninguém compactua com desmatamento ilegal”, afirmou.

Segundo ele, cruzamentos entre dados do Cadastro Ambiental Rural e polígonos de desmatamento mostram que “menos de 1%” das áreas com registro rural apresentam ação ou motivação feita pelo produtor rural.

Ananias defendeu também o desmatamento permitido em lei:

“O desmatamento legal deve ser mantido, uma vez que é ele que garante que a proteção ambiental ocorra. Se não tem uma propriedade que se mantém economicamente, como esse proprietário vai proteger sua reserva legal?”

Ele reforçou que, na visão do setor, a pecuária brasileira é cada vez mais eficiente e menos emissora.

“A emissão do boi e do metano é compensada pela pastagem. A pecuária é iminentemente extensiva.”

Citando estudos do Embrapa, o coordenador afirmou que 66,3% da vegetação nativa permanece preservada no Brasil e destacou que 33% estaria dentro de propriedades privadas.

“O setor privado detém metade das florestas do país dentro das suas propriedades, em área protegida por legislação ou voluntariamente.”

Ele acrescentou que, na avaliação do setor, produtores rurais são responsáveis por grande parte da conservação, e questionou a resistência interna.

“Nosso principal desafio é interno. Muitas vezes, quem vai lá fora falar mal do Brasil somos nós mesmos.”

Segundo Nelson, há desconhecimento sobre o que o agro brasileiro já faz em termos de sustentabilidade, incluindo matriz energética mais limpa, uso de biocombustíveis e práticas de manejo integradas.

Para o representante da CNA, o país precisa “mudar a mentalidade” e dar mais protagonismo ao setor produtivo nas discussões ambientais.

“A gente vai com dados, vai com argumentação. Quem quiser vir com a gente nessa ação de desenvolvimento sustentável, é só apostar no agro brasileiro.”

Ele concluiu convidando o público a acompanhar a participação da CNA na COP30 pelas redes e pelo site da entidade:

“Aqueles  que estiverem em Belém, compareçam ao pavilhão AgroBrasil AgriZone. Quem estiver longe, acompanhe no cnabrasil.org.br.”.

No dia 10 de novembro, a partir das 10 horas, o pavilhão AgroBrasil abre oficialmente suas portas na AgriZone, espaço que mostra ao mundo como o agro brasileiro é parte essencial das soluções para o clima.

Confira entrevista completa

https://www.youtube.com/watch?v=Q1xaJu_8h2Y

 

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