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Engenheiro da Epagri destaca importância da apicultura e da criação de abelhas sem ferrão na Câmara de Orleans

Por Rádio Guarujá01/07/2025 12h16
Foto/Redação

A criação de abelhas com e sem ferrão e o potencial econômico e ambiental dessas atividades foram temas apresentados pelo engenheiro agrônomo da Epagri de Orleans, Fabiano Alberton, durante a 23ª sessão da Câmara de Vereadores, realizada nesta segunda-feira, 30 de junho.

A participação de Fabiano foi motivada por um projeto que tramita no Legislativo e que trata da autorização para criação de abelhas com ferrão no meio urbano. Ele explicou aos parlamentares e ao público presente a importância da apicultura e da meliponicultura no município e na região Sul de Santa Catarina.

“A apicultura é a criação de abelhas com ferrão, que em Orleans já se destaca pela quantidade de colmeias, pela produção de mel e pela tecnologia que os apicultores têm aqui. Já a meliponicultura é a criação das abelhas sem ferrão, nativas ou indígenas. Só no estado de Santa Catarina a gente tem mais de 30 tipos diferentes”, afirmou.

Fabiano ressaltou que essas abelhas têm papel fundamental na polinização das plantas nativas e contribuem para o equilíbrio do ecossistema. “Preservando as abelhas, a gente preserva as plantas, os animais e o meio ambiente como um todo”, destacou.

Além do papel ambiental, o engenheiro também evidenciou o potencial econômico da meliponicultura, com a produção de mel, cera, própolis e outros derivados. “Esses produtos têm um nicho de mercado bastante interessante, um valor agregado alto e o nosso potencial de produção também é grande. A gente alia preservação ambiental com geração de emprego e renda para a região”, explicou.

Segundo ele, Santa Catarina conta com uma organização expressiva de produtores. “Temos a SOMESC, com sede em Criciúma, que representa diversos municípios e organiza anualmente o Encontro Catarinense de Meliponicultura Zootécnica. Este ano será o sétimo, em novembro, em Florianópolis”, informou.

Fabiano ainda destacou o uso do mel das abelhas sem ferrão na alta gastronomia. “Esses 33 tipos de abelhas sem ferrão que temos aqui produzem méis diferentes. Eles são doces, saborosos e estão sendo procurados por restaurantes de São Paulo e Rio de Janeiro para produção de pratos exclusivos. Ainda não conseguimos atender essa demanda, mas é um mercado promissor”, disse.

Para ele, o apoio do poder público pode alavancar ainda mais o setor. “No caso das abelhas sem ferrão, a gente não vai ganhar pela quantidade, mas sim pela qualidade e pelo valor agregado. É um produto diferenciado da nossa região, que pode virar uma fonte de renda tanto para produtores rurais quanto urbanos”, completou.

Fabiano também mencionou o uso pedagógico da atividade. “A educação ambiental é outro aspecto importante. Levar as crianças para conhecer os enxames, mostrar as abelhas, colher o mel com uma seringa e deixar elas experimentarem ajuda a formar pessoas com consciência ambiental e futuros consumidores dos nossos produtos”, concluiu.

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